Destinos

Há uma app que nos ajuda “sentir” o território em experiências individuais

Já ninguém duvida das vantagens que as aplicações para aplicativos móveis (apps) vieram trazer às nossas vidas, tanto a nível profissional como para os momentos de lazer. A nossa última descoberta, bastante útil nestes tempos em que temos de manter o distanciamento, prende-se com uma app que é um “guia virtual” que convida a jogar com a história e o património, a descobrir e “tocar” os planetas do sistema solar, a tirar a selfie perfeita e ainda sugere paragens estratégicas para “ouvir” o som do silêncio.

Numa altura em que o contexto mundial impõe restrições na convivência social, a App com marca registada FEEL®, desenvolvida pela Naturthoughts Turismo de Natureza, Lda. (NTN), empresa sediada em Mirandela, surge como uma resposta para que o turista possa continuar a descobrir novos lugares, acompanhado e orientado por um “guia virtual” que estimula a sua interação e experimentação do território.

Trata-se de uma aplicação de visitação turística extremamente intuitiva e de utilização muito simples, que propõe um novo olhar sobre o meio envolvente e, numa linguagem emocionalmente apelativa, desafia o conhecimento, condimentado com algumas curiosidades capazes de tornar a experiência inesquecível.

A FEEL® já foi implementada num projeto piloto na freguesia de Santa Maria Maior, em Chaves. “A ideia foi sempre desenvolver uma ferramenta muito prática, intuitiva e que estimulasse a interação com o meio. Com o atual contexto de pandemia consideramos que devíamos acrescentar mais algumas particularidades para tornar a experiência mais segura, interessante e divertida”, explica um dos responsáveis pela NTN, Domingos Pires.

A FEEL Chaves, para além da disponibilização, com georreferenciação, de imagens e descrição de Pontos de Interesse (POI) da cidade, sugere um percurso pedestre e quatro Rotas Temáticas Especificas.

A Rota do Sistema Solar é, talvez, a que desperta maior curiosidade, representando no solo todo o sistema solar à escala, fornecendo informação sobre cada um dos planetas. “Podemos caminhar do Sol à Terra em menos de um minuto (67 metros no terreno o que corresponde a 150 milhões de km na realidade), e perceber as diferenças de tamanhos existentes no sistema solar, pois a Lua está representada com um diâmetro 1,6 mm, equivalente ao tamanho de um grão de areia, que corresponde a um diâmetro real de 3 476 km”, e o planeta Terra está representado com está diâmetro 5,7 mm, equivalente ao tamanho de uma ervilha, que corresponde a um diâmetro real de 12 756 km”, exemplifica o responsável.

A Rota da Fotografia surgiu para eternizar momentos. “Numa visita individual ou em grupos de pequenas dimensões a selfie é quase inevitável, para além de estar na moda. Se seguirem as indicações da App podem conseguir um resultado específico com o enquadramento desejado”, revela. Permite-lhe ainda criar o seu postal pessoal, e enviar a sua fotografia para a própria App, para ser partilhada com outros utilizadores.

A Rota do Património promove a simbiose entre a história e a modernidade. Neste caso a experiência surge em forma de jogo. A App vai lançando desafios, colocando questões e sugerindo ações para que o utilizador identifique o Ponto de Interesse a que respeita esse conteúdo.

Por fim, a Pequena Rota Margem dos Sentidos, um percurso pedestre acessível e inclusivo, que foi pensado, desenhado e implementado para proporcionar uma experiência sensorial diferente a qualquer utilizador, independentemente de condicionamentos físicos. “Esta rota foi planeada e testada por pessoas ligadas à deficiência, nomeadamente invisuais e pessoas com mobilidade reduzida”, explica Domingos Pires, reconhecendo que esta é a particularidade do projeto que mais entusiasmo mereceu à equipa. “Estamos a falar da primeira Rota Inclusiva, Acessível e Sensorial homologada pela Federação de Campismo e Montanhismo de Portugal”.

Todas as características referidas e a interatividade conseguida com esta App FEEL, resultam da utilização de sensores que fornecem informação escrita, sonora ou visual (imagens ou vídeos) contribuindo para um turismo mais acessível e inclusivo. Os sensores facultam também informação escrita sobre pontos de interesse, informação direcional ou informação mais generalista sobre produtos, potenciam a sua utilização num leque variado de produtos turísticos como percursos pedestres, centros Cyclin’Portugal, centros de trail running, percursos urbanos, percursos de orientação ou rotas temáticas.

“Agora queremos apresentar esta ferramenta pelo país fora, para que as nossas cidades, de norte a sul, possam oferecer experiências seguras e diferenciadoras, e ganhar competitividade numa altura em que é fundamental reconquistar a confiança dos turistas e dos mercados”, afirma.

Em cada cidade ou território a experiência a oferecer poderá ser diferente, uma vez que se trata de uma aplicação modular, que permite a criação de novos menus, de acordo com a criação de novos produtos locais.

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