Maria João, Lokomotiv e Elisa Rodrigues, são apenas alguns dos nomes confirmados para a primeira edição do Jazz, Sunset e Meia, que irá decorrer nos próximos dias 7 e 8 de Setembro, em Aveiro. Um festival dedicado ao jazz e que aposta em vários factores diferenciadores. Começando, desde logo, pelo palco – a pouco usada Escadaria do Edifício Fernando Távora foi o local escolhido para o evento – e pelo horário das iniciativas que compõem o programa – as actuações arrancam à tarde e avançam pelo crepúsculo dentro.
Nesta zona de escadas virada para o canal Central da ria será instalada uma zona de lazer e fruição, onde decorrerão conversas de esplanada, com algumas figuras de referência da música em Portugal, duelos ao sol entre artistas de rua que queiram mostrar a sua música, e concertos especiais a partir do final da tarde. Sempre ao ritmo do jazz, claro está.
A proposta passa, precisamente, “por levar este estilo de música normalmente associado a elites, a uma zona central da cidade, e estender o convite não só a quem ouve jazz, mas a todos os que visitam a cidade”, refere a organização. “O jazz é um nicho ainda pouco trabalhado em Portugal, um estilo ainda com pouco palco, evidencia Afonso Miranda, da empresa Aveiro com Paixão, que promove o evento em parceria com a câmara municipal de Aveiro, Teatro Aveirense e a PARIR | Produção e Agenciamento.
Com entradas gratuitas, o festival aposta num cartaz “que junta nomes emergentes com outros nomes mais conceituados do panorama nacional”, realça, ainda, Afonso Miranda, a propósito da primeira edição de um evento ao qual a organização estima dar continuidade. E, inclusive, “vir a ser replicado noutros pontos do país”, acrescentou.
Em ambos os dias, o evento arranca pelas 14h00, com uma “selecção do melhor jazz nacional”. Depois, há conversas, duelos e os concertos propriamente ditos. No dia 7, actuam Palankalama (17h00), Lokomotiv (19h00) e Maria João – “Ogre” Trio Eléctrico(21h30). Já dia 8 de Setembro, será a vez de João Hasselberg & Pedro Branco(19h00) e Elisa Rodrigues (21h30). A terminar as noites, há propostas para “dançar o jazz” nas escadarias.
A música é o ingrediente principal do evento, mas não será o único. Aproveitando a vista e o enquadramento privilegiado, proporcionados pela escadaria, na margem da ria de Aveiro, a ordem passa, mesmo, por colocar o público a “tertuliar entre um copo e um acepipe, com o pôr-de-sol de fundo” – e por falar em copos, o Jazz, Sunset e Meia também contará com a prestação de alguns bartenders experientes, que serão chamados a preparar cocktails, anunciou a organização. “Apesar de ser um espaço pouco explorado para a realização de espectáculos, não tivemos dúvidas de que esta escadaria seria o local ideal para colocar as pessoas a usufruírem do festival”, fez questão de destacar Afonso Miranda.