Sete cidades do Algarve vão ser “invadidas” pela música árabe-andalusí – sonoridades que durante séculos se ouviram na região – naquela que será já a 18.ª edição do festival Al-Mutamid. O evento decorre de 26 de Janeiro a 24 de Fevereiro e constitui-se como um dos festivais itinerantes mais antigos do Algarve – realiza-se ininterruptamente há 18 anos -, “com o suporte de um público ávido em conhecer mais profundamente” a música árabe-andalusí – era a música que se fazia no reino de Al-Andalus, que abrangeu grande parte da Península Ibérica a partir do ano 711 – e oriental.
O festival deve o seu nome ao rei poeta Al-Mutamid, filho e sucessor do rei de Sevilha e que nasceu em Beja em 1.040, tendo sido nomeado governador de Silves, a então capital do Algarve, com apenas 12 anos.
O primeiro espectáculo, com o grupo Samarcanda, vai apresentar músicas do magrebe e Médio Oriente, no dia 26 de Janeiro, no Convento de São José, em Lagoa, e, no dia 27, no Centro Cultural António Aleixo, em Vila Real de Santo António.
O festival prossegue em Fevereiro, com o grupo Abu Tamam Ensemble, que reúne no mesmo espectáculo música e dança do Médio Oriente, no dia 2 de Fevereiro, no Auditório Municipal de Olhão, e, no dia 3, no Teatro Mascarenhas Gregório, em Silves.
A fusão do flamenco com música oriental também faz parte do programa desta 18.ª edição do festival, com as actuações do grupo Vandalus, a 16 de Fevereiro, no Auditório Municipal de Lagoa, e a 17 Fevereiro, no Auditório Municipal de Albufeira.
O colectivo Al-Bashirah, com músicos da Síria e Marrocos, acompanhados por um bailarino de giro “sufi” e dança “tanora”, em que o homem rodopia com saias coloridas, encerram o festival com espetáculos a 23 de Fevereiro, no Cine-Teatro Louletano, e a 24 no Centro Cultural de Lagos.