A exposição “Joan Miró: Materialidade e Metamorfose” está prestes a ser apresentada em Lisboa, mais concretamente no Palácio Nacional da Ajuda. A mostra foi apresentada pela primeira vez na Casa de Serralves, no Porto, entre Outubro de 2016 e Junho deste ano, onde recebeu um total de 240.048 visitantes – comissariada pelo especialista mundial na obra de Miró Robert Lubar Messeri, a sua apresentação original na Casa de Serralves teve projecto expositivo do arquitecto Álvaro Siza Vieira.
Fica, assim, essa boa notícia para quem vive mais a Sul. A partir do dia 8 de Setembro, as 85 peças do artista catalão, provenientes do antigo Banco Português de Negócios, vão estar expostas na capital.
A Galeria D. Luís I, no Palácio Nacional da Ajuda, receberá as mesmas peças que estiveram expostas no Porto, entre as quais seis pinturas da conhecida série sobre masonite de 1936, seis tapeçarias de 1972 e 1973, e uma das telas queimadas, de uma série de cinco, criada para a grande retrospectiva de Miró no Grand Palais de Paris, em 1974.
“Joan Miró: Materialidade e Metamorfose” abarca um período de seis décadas da carreira de Joan Miró (1893-1983), de 1924 a 1981, debruçando-se de forma particular sobre a transformação das linguagens pictóricas que o artista catalão começou a desenvolver nos anos 20 do século passado.
Importa lembrar que, conforme já foi anunciado, a colecção irá ficar albergada, em definitivo, na Casa de Serralves, que, para tal, irá sofrer obras de adaptação, ainda sem data prevista, num projecto desenhado pelo arquitecto Siza Vieira.
Uma colecção valiosa
Entre as principais obras que compõem a exposição – e que, em 2015, foram avaliadas pela leiloeira Christie’s em 35,9 milhões de euros – contam-se “Aparições”, de 1935; “Toile brûlée 3”, de 1973 (uma de cinco telas a que Joan Miró ateou fogo); “Femmes et Oiseaux” (em português “Mulheres e Pássaros”); e “O Canto dos Pássaros no Outono”, de 1937.
Enquanto não abre a exposição em Lisboa, fiquem com algumas imagens da apresentação que esteve patente na Casa de Serralves, no Porto.