Em plena época de Verão, nem todas as propostas de festivais passam, única e exclusivamente, pela música pop ou rock. Um pouco por todo o país, vão surgindo propostas diversas e capazes de agradar a vários tipos de públicos. É esse o caso da cidade de Coimbra, que está já a postos para receber milhares de visitantes a propósito do seu Festival das Artes.
Esta que é já a 9.ª edição do evento está repleta de bons motivos para sair de casa e aproveitar todas as actividades que acontecem entre os dias 15 e 23 de Julho. O tema central deste ano, Metamorfoses, “traz novas propostas e reinventa as que vão sendo habituais, com uma programação eclética para ver, ouvir e experimentar em vários espaços da cidade”.
Segundo foi já anunciado, logo no primeiro dia do festival, um tuk tuk carregado de palavras e notícias viaja pela cidade, deixando leituras que convidam quem passa a juntar-se à festa. A inauguração e cerimónia de abertura do evento acontecem mais tarde, pelas 16h00, no Museu Nacional de Machado de Castro, com “Metamorphosis: Cenários em Azul e Branco”, uma exposição de azulejaria produzida em parceria pelo Museu Nacional de Machado de Castro e a Fundação Inês de Castro.
Ainda nesse dia, mas ao final da tarde (19h00), o Convento São Francisco acolhe “Metamorfoses Germânicas”, um concerto no qual a Orquestra Metropolitana de Lisboa, sob a direcção do maestro Pedro Amaral, apresenta obras de Ludwig van Beethoven, Richard Strauss e Johannes Brahms. Já à noite (21h30), acontece a apresentação do Ciclo de Cinema, comissariado por Pedro Mexia, tem lugar às 21h30, no Mosteiro de Santa Clara-a-Velha. E isto só para falar no primeiro dia do 9.º Festival das Artes, uma vez que as propostas são muitas e estendem-se até ao dia 23 de Julho. Conferências, exposições, workshops de gastronomia e de escrita, passeios de barco ao som de Jazz no Mondego, concertos de música clássica interpretados por grandes orquestras, concertos de Jazz e as inéditas apresentações do mestre de magia Luís de Matos (17 de Julho), e da cantautora Adriana Calcanhoto (18 de Julho), são apenas outras das iniciativas de destaque do programa.
É apenas mais um bom motivo para viajar até Coimbra, cidade especialmente conhecida pela sua universidade, que é, desde 2013, e juntamente com as zonas da Alta e da Sofia, Património Mundial da UNESCO. Esta classificação diz respeito ao edificado, mas engloba também uma dimensão imaterial justificada pelo papel da Universidade de Coimbra como construtora e difusora, durante séculos, da língua e cultura portuguesas. Prontos para se fazerem à estrada?